Quero beijar o canto da sua boca
E toca-la com a ponta dos meus dedos
Silenciosamente para que o mundo aplauda
Nossa forma de amor sem culpa
Culpa que morre sem ação
Ação que ocorre sem tempo
Tempo que não existe um instante...
Deixa eu saber como é está vivo
Como é colocar os sapatos atrás da porta
E ver os olhos piscarem em um milésimo de segundo
E todo o clichê de Romeu apaixonado
Fui criado para amar-te sem entende-la
Para cheirar sem desfrutar seu Chanel Nº5
E toda a velha mordida solidão das paredes
Confesso que nunca amei uma renda
Até ver sua calcinha azul piscina
Me penica a pele e a arranco vorazmente
Como se o nú fosse a fonte da vida
E vida que brota da cama cala-se o som
Agudo e generoso quanto água poluída
E toda aquele temor passa como um filme de época
Nos cavalos negros sem direção
Vivo um momento que não esperava
Vai além de dentes mordiscando o cérebro
Vazio dentro do mar de valiosos tijolos amarelos
E todos os bons pensamentos de Cássia Eller
E todo esperma que atrapalha a evolução não saiu de mim
Pois o seco não reproduz o ar vindo da lua
Nem tão quando a sua própria luz lua...
Netto Rom4no
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