domingo, 30 de agosto de 2015

TPM - Tudo Por Marina

Capítulo 6:

Alex
   - Aquela garota me tira do sério cara. Apesar de ser linda é super marrenta.
   Chegando em casa, minha mãe estava na cozinha fazendo um bolo de casamento encomendado, nunca entendi qual o verdadeiro sentido de casar... Brigas, contas pra pagar, casa pra cuidar... Etc... Eu prefiro ficar aqui sem compromisso. Entro, deito na cama deixando pra tomar banho depois ou só amanhã. Já começo a rabiscar uma rimas pra música, tentando encontrar um tema pra ser explorado, falar de amor é clichê, todo mundo só sabe falar disso... Sinceramente, quanto mais eu conheço o amor, mais eu prefiro ter um cachorro... Já sei! Vou falar de sonhos, de motivação é muito melhor.
   Só espero que aquela garota fresca não venha com coisas de mulherzinhas e queira falar de sentimentos bobos, borboletas e flores numa campina... Que tédio.
   - Alex! Minha mãe grita lá de baixo.
   Levanto correndo, desso as escadas e vou a porta da cozinha e digo.
   - Qual foi?
   - Qual foi? Minha mãe rebate com cara de quem não entendeu.
   - Sim
   - Que vocabulário menino, é isso que você aprende na escola?. Diz minha mãe brava
   - É gíria... Coisa de jovem... Você não tinha na minha idade?
   - Haha, é verdade... Bom, quero que você leve esse bolo até a casa da Dona Regina...[...]
   - Mas mãe ela mora cinco quadras daqui! E esse bolo é grande... Como vou levar?. Falo indignado.
   - Calma garoto, já chamei um táxi, vamos por na mala bem embalado e você leva. Eu tenho um compromisso e não vou poder... Você vai cuidar desse bolo com sua vida! Tá ouvindo?. Fala minha mãe tirando o avental e a rede do cabelo.
   - Sim, tá bom.
   Subo para pegar meu celular e carteira e vou pra frente de casa esperar o táxi, que logo chega e vamos levar o bolo que vai festejar a prisão doméstica de duas pessoas. Chegando lá vejo aquela senhora de cabelos brancos que foi babá da minha irmã mais velha.
   - Oi Dona Regina, tudo bem? Prontamente Dona Regina me olha e me aperta as bochechas.
   - Olha que menino lindo você se tornou! Fala ela com aquela voz de quem tenta imitar um bebê.
   - Quantos anos você está meu filho? Pergunta ela em dúvida.
   - Tenho 17, quer dizer... Faço 17 em dezembro. Bom, trouxe o seu bolo, está aqui no táxi, vou pegar. Me distânssio pego o bolo com a ajuda do motorista e levo até a sala, com tantos quadros e fotos antigas.
   - Bom, está aqui.
   - Obrigado meu filho, tome aqui está o pagamento de sua mãe. Diz ela me dando um dinheiro que tirou dos seios.
   Volto pra casa andando e tentando pensar no que escrever pra letra da música. Chegando em casa vejo minha irmã chegando num carro azul que seu "namovelho" lhe deu. Cara estranho, nunca fez uma visita nem pra dizer que existe.
   - Olha explorando o velho né? Brinco com ela.
   - Cala boca moleque! Grita ela nem me olhando e batendo a porta.
   - Que estressadinha. Digo chateado (haha) mentira.
   Entro subo, tiro a camisa e me deito novamente, tentando me concentrar. Quando eu quero e preciso de uma boa ideia edistânssiovem, droga!

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