quarta-feira, 5 de agosto de 2015

TPM - Tudo Por Marina

Capítulo 4: Sorvete

Quando entro na sorveteria, percebo que é lugar bem agradável, com mesas cobertas por panos roxos e brancos, da mesma cor das paredes, decido comprar um sorvete de morango, e quando eu me viro um cara em um skate derruba o meu sorvete em cima de mim.
- Você está ficando louco! - grito.
- Foi mal é que eu não vi você aí.
- Além disso ainda é cego...
- Eu já pedi desculpas, não precisa ficar com tanta raiva.
- Preciso sim! Você aparece do nada e ainda derruba sorvete em mim... Aff...
- É so lavar que sai. - fala ele com a voz meio baixa - se você quiser eu compro outro sorvete pra você.
- Quer saber esquece... - Digo empurrando ele, e sento em uma cadeira próximo ao balcão.
- Espera aí! Você que deveria ter me pedido dessculpa - fala ele com a maior cara de pau.
- Eu! Por que? Não foi eu que derramei sorvete em você.
- Mais é você que não olha por onde anda!
- Eu? Foi você que me atropelou com o seu skate...
- Tá Desculpa - diz ele já se sentado sem mesmo pedir licença, além de desastrado ainda é folgado.
- Por favor deixa eu comprar outro sorvete pra você. - pede ele.
- Não precisa - Digo
- Precisa sim! Por favor!
- Tudo bem. - Digo ainda irritada.
- Vendo pela sua blusa você estava tomando um sorvete de morango acertei?
- Sim.
- Aliás o meu nome é Alex, qual seu nome? - pergunta ele.
- Marina. - respondo.
- Muito prazer Marina.
- Já eu não tenho prazer algum. - Digo com um tom meio amargo e ele sorri pra mim e vai comprar o sorvete.
- Aqui está. - diz ele me entregando o sorvete.
- Obrigado - falo
- Era o mínimo que eu podia fazer.
- Também acho. - falo e ele sorri pra mim.
- Já vi que você não foi com a minha cara.
- Não diga, percebeu isso sozinho ou alguém te ajudou? - Digo ironicamente e ele sorri.
- Por incrível que pareça eu descobri sozinho - Diz ele sorrindo e me fazendo sorri também.
- Então você me Desculpa? - pergunta ele.
- Não.
- O quê que eu tenho que fazer pra você me desculpar? - pergunta Alex.
- Me deixar ir agora...
- Tudo bem então, a gente se ver por aí. - diz ele e vai embora, será que esses dias podem piorar?
Quando chego em casa minha mãe está na cozinha fazendo o jantar.
- Oi.
- Oi. Já estou terminando o jantar.
- Ok. Eu vou tomar um banho enquanto você termina o jantar.
- Tudo bem.
Entro no meu quarto e vou direto para o banheiro, ligo o chuveiro e fico um bom tempo com a cascata de água caindo sobre a minha cabeça, quando saio do banheiro vou direto para o closet procurar a roupa mais confortável que eu encontrar, quando término vou pra cozinha jantar.
- Como foi seu dia? - pergunta minha mãe.
Fora eu ter sido atropelada por um menino em um skate... Foi bom.
- Foi bom.
- Só bom? - pergunta ela meio confusa.
- Foi normal, não aconteceu nada de interessante.
- E por que você falou assim comigo?
- Desculpa, é que eu tive um dia cheio e eu estou com um pouco de dor de cabeça.
- Ta bom mais não precisa descontar em mim.
- Mãe eu não estou mais com fome eu posso ir para meu quarto?
- Pode.
Quando entro no meu quarto vou direto pra cama, e em poucos segundos eu pego no sono. Acordo com o despertador soando bem auto, já são 06:00 da manhã e eu preciso ir pra escola ter mais um dia tedioso naquele lugar que as pessoas chamam de escola. Depois de uma manhã super chata visitando o manicômio finalmente chego em casa pra me arrumar pra ir pra uma aula que eu realmente gosto e não sou forçada a ir. Já é 13:00 da tarde e eu preciso correr pra aula de guitarra.
- Mãe eu já vou pra aula de guitarra.
- Tá, vê se não vai chegar tarde dessa vez.
- Tá, tchau. - Digo correndo para a porta.
Chego na aula 13:30 em ponto e corro pra sala com os meus amigos.
- Hoje nós vamos aprender uma música nova que vai ser a última desse semestre, então todos devem aprender ela direitinho, entenderam? - pergunta o professor Diogo.
- Sim! - todos da sala gritam.
- Ótimo, vamos começar.
Já se passaram uma hora de aula e eu ainda não consegui aprender a porcaria da música, e pra piorar uma corda da minha guitarra arrebenta.
- Professor a minha corda arrebentou. - Digo a ele.
- Tudo bem Marina, vá lá no depósito que você vai encontrar um monte de corda pra guitarra.
- Valeu Professor Diogo.
Quando saio da sala vou na direção do depósito que fica no andar de baixo, mas, duas salas depois da minha e não acredito no que eu vejo, é o skatista que me atropelou e derremaou sorvete em mim.
- Como assim? Já não basta ele ter me atropelado e derramado sorvete em mim agora ele vai me seguir? - Digo pra mim mesma.

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